De acordo com o portal Defense News, a empresa tem estado sob intenso escrutínio sobre o seu processo de fabricação desde que um par dos seus aviões mais conhecidos caiu, matando centenas de pessoas no final de 2018 e 2019, na Indonésia e na Etiópia, respectivamente.
A partir disso, a Administração Federal de Aviação dos EUA ordenou recentemente uma auditoria nas linhas de montagem de uma fábrica da Boeing perto de Seattle, Washington, onde a empresa constrói aviões como o 737 Max da Alaska Airlines, que sofreu uma explosão no painel da porta no dia 5 de janeiro. Os investigadores dizem que os parafusos que ajudam a manter o painel no lugar desapareceram após trabalhos de reparo na fábrica da Boeing.
Após os episódios, o CEO, Dennis Muilenburg, foi deposto e Dave Calhoun — que deixará o cargo no final do ano — assumiu a empresa.
Em uma carta aos funcionários, Calhoun reafirmou o compromisso de liderança e responsabilidade da Boeing.
"Ao iniciarmos este período de transição, quero lhes assegurar que continuaremos totalmente focados em concluir o trabalho que fizemos juntos para devolver a estabilidade da nossa empresa após os desafios extraordinários dos últimos cinco anos, com segurança e qualidade no topo da vanguarda de tudo o que fazemos", escreveu o CEO.
Calhoun reconheceu que o voo 1282 da Alaska Airlines foi um "divisor de águas" para a Boeing e afirmou ainda que a resposta da empresa sobre o caso deve continuar a ser dada com "humildade e total transparência".
De acordo com a apuração, a Boeing tem estado sob intensa pressão por parte dos CEOs de várias companhias aéreas, que têm manifestado abertamente a sua frustração com os problemas de fabricação da empresa, que atrasaram as entregas de aviões com os quais as transportadoras contavam.