Panorama internacional

Colômbia rejeita críticas de Israel a Petro por supostamente 'apoiar' o Hamas

Nesta terça-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia rejeitou veementemente as declarações do seu homônimo israelense, Israel Katz, contra o presidente Gustavo Petro, após o apoio colombiano à aprovação de um cessar-fogo em Gaza pelo Conselho de Segurança da ONU.
Sputnik

"O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia rejeita enfaticamente a declaração do Ministério das Relações Exteriores de Israel sobre a posição adotada pela Colômbia em relação à aprovação, pelo Conselho de Segurança, da Resolução 2.728, de 25 de março, sobre a situação em Gaza", afirmou o Ministério das Relações Exteriores colombiano em comunicado.

Anteriormente, Petro alertou que romperia as relações diplomáticas com Israel se este país não cumprisse o cessar-fogo em Gaza aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Se Israel não cumprir a resolução de cessar-fogo das Nações Unidas, rompemos as relações diplomáticas com Israel", escreve ele.
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Segundo Katz, o presidente colombiano apoia o movimento palestino Hamas e as ações cometidas por esse grupo em território israelense em outubro do ano passado.

"O apoio do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, aos assassinos do Hamas que massacraram e cometeram crimes sexuais hediondos contra bebês, mulheres e adultos é uma vergonha para o povo colombiano. Israel seguirá protegendo seus cidadãos e não cederá a qualquer pressão ou ameaça", escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel.

Cessar-fogo aprovado

Após a abstenção dos Estados Unidos, que bloqueou diversas tentativas de chegar a uma resolução, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) chegou a um acordo sobre o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (25).
A trégua deve durar até o fim do Ramadã, em 9 de abril, e condiciona também a soltura de todos os reféns.
A resolução foi apoiada pelos dez membros não permanentes do Conselho de Segurança. Ao todo, 14 países votaram a favor e apenas os EUA se abstiveram.
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A mudança na política dos EUA revela um descontentamento por parte dos norte-americanos com as ações de Israel e seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que não parece se esforçar para diminuir o número de civis mortos nas operações.
Após a votação, o governo israelense, em retaliação, cancelou a visita programada de sua delegação a Washington, em que discutiriam alternativas a uma operação terrestre em Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, onde se encontra cerca de 1,5 milhão de refugiados palestinos.
Na última sexta-feira (22), os Estados Unidos já haviam proposto uma resolução de cessar-fogo, mas ela foi vetada pela Rússia e China por não exigir a suspensão da campanha militar na Faixa de Gaza. O texto norte-americano também estava interligado com as negociações de paz em curso, lideradas pelo Catar.
Em sua conta no X (antigo Twitter), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, celebrou a chegada a um acordo.
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