As Forças de Defesa de Israel (FDI) começaram a usar tecnologia de reconhecimento facial em sua ofensiva na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo The New York Times, com base em declarações de três oficiais sêniores de inteligência das forças israelenses.
Segundo o jornal, centenas de palestinos em Gaza foram levados presos com o uso da tecnologia. Em princípio, o sistema foi colocado em ação em um esforço para identificar os reféns israelenses levados para o enclave pelo Hamas. Porém, desde o início da incursão terrestre, ele tem sido usado para localizar palestinos procurados por acusação de terrorismo.
No entanto, uma das fontes relatou ao jornal que o sistema é experimental e os erros são constantes, o que tem levado à prisão de civis palestinos não envolvidos com terrorismo. Ademais, o sistema também está sendo usado para promover a vigilância em massa da população palestina.
Desde o início da ofensiva em Gaza, pelo menos 32,5 mil palestinos foram mortos e cerca de 74,9 mil, feridos. Do lado israelense foram 1,2 mil mortes, a maioria nos ataques de 7 de outubro de 2023, cerca de 5,5 mil feridos e 253 reféns capturados, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Nesta quarta-feira (27), a Irlanda se juntou à África do Sul na denúncia contra Israel por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). Em nota divulgada, o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Micheal Martin, disse que o que está acontecendo em Gaza "representa uma violação flagrante do direito humanitário internacional em grande escala".