A Comissão Preparatória para o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês) espera que todos os Estados-membros do tratado cumpram a moratória sobre tais testes, disse o secretário executivo da organização em uma entrevista à Sputnik.
O CTBT é um tratado multilateral adotado em 10 de setembro de 1996 pela Assembleia Geral da ONU para evitar todo o tipo de proliferação de armas nucleares. Em 2 de novembro de 2023 Vladimir Putin, presidente da Rússia, assinou uma lei pela qual a Rússia retirou a ratificação do tratado.
"Esperamos que todos os Estados signatários cumpram a moratória dos testes nucleares", disse Robert Floyd em resposta a um pedido de comentário sobre a prontidão para realizar um teste nuclear frequentemente referida pelos EUA.
Durante um discurso recente na Instituição Brookings, em Washington, Frank Rose, o primeiro-vice-diretor da Agência Nacional de Segurança Nuclear (NNSA, na sigla em inglês) dos EUA, disse que, de acordo com a legislação norte-americana, os estados são "obrigados a manter a prontidão para realizar um teste nuclear caso o presidente dê [...] tal instrução".
No entanto, acrescentou ele, a NNSA acredita que os EUA não precisam voltar a fazer testes.
Putin disse em uma entrevista ao jornalista Dmitry Kiselev que, se os EUA realizarem testes nucleares, a Rússia poderá fazer o mesmo.
Em março de 2023, Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, notou que a situação em torno do CTBT estava cada vez mais alarmante devido às ações dos Estados Unidos, que o assinaram, mas não o ratificaram.