Mas, qual é a real contribuição desta comunidade no país norte-americano?
O 'sonho americano' é o que você esperava?
Adriana Bejarano é uma mulher de origem mexicana que mora na cidade de Los Angeles há mais de 30 anos e acredita que pessoas como ela contribuem muito para a sociedade americana em questões trabalhistas, econômicas, culturais e até familiares, embora em grande parte até certo ponto, os americanos não apreciem isso.
"Muito do que nós, mexicanos, trazemos para os Estados Unidos são costumes familiares, porque infelizmente as pessoas são muito frias, se envolvem muito no trabalho, na rotina e não são como uma família", diz ela em entrevista à Sputnik.
Mas também, segundo ela, há outro fator: os hispânicos fazem trabalhos que os americanos não estão dispostos a fazer, em setores como construção, limpeza, jardinagem, manutenção, atendimento ao cliente, entre outros.
"Ninguém quer fazer esses trabalhos, os americanos gostam de receber serviços e dar ordens e delegar responsabilidades. [...] Talvez reconheçam o trabalho dos mexicanos, mas não o apreciam, porque na verdade esses empregos são mal remunerados", critica Adriana.
Contribuição bilionária
O Ministério das Relações Exteriores (SRE) do México estima que os mexicanos nos Estados Unidos contribuam com US$ 324 bilhões para aquele país a cada ano, o que representa quase 10% dos pouco mais de US$ 4 trilhões que os Estados Unidos arrecadaram em 2020, segundo números do Statista, razão pela qual se tornaram uma peça-chave para a economia dos EUA.
A ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, destacou recentemente que cada mexicano que vive nos Estados Unidos paga cerca de US$ 1,38 em impostos por cada dólar de gasto social do governo daquele país, enquanto os cidadãos norte-americanos pagam US$ 0,69.