"No dia de ontem, aproximadamente 70 membros das Forças Armadas canadenses foram enviados para a Jamaica. A pedido do governo jamaicano, eles fornecerão treinamento para militares de nações da Comunidade do Caribe (Caricom) que estão programados para atuarem no Haiti como parte da missão de Apoio à Segurança Multinacional (MSS), autorizada pelas Nações Unidas e liderada pelo Quênia", dizia o comunicado.
Em meados de março, várias unidades de fuzileiros navais dos Estados Unidos foram enviadas para a capital haitiana, Porto Príncipe, com o objetivo de reforçar a segurança na embaixada norte-americana.
Em 29 de fevereiro, a violência provocada pelas facções criminosas se intensificou na área central de Porto Príncipe, enquanto o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, visitava o Quênia em busca de um acordo para o envio de forças estrangeiras ao Haiti para combater o crime organizado.
As gangues afirmaram que o objetivo era impedir o retorno do primeiro-ministro ao país. Diante disso, os grupos assumiram o controle de diversas partes da cidade e invadiram a maior prisão do Haiti, libertando um número não confirmado de detentos. O governo haitiano declarou estado de emergência na região da capital. Em 11 de março, Henry anunciou que renunciaria quando um conselho presidencial transitório fosse criado.
Farmácias sem remédios
A onda de violência que cresce em territórios haitianos tem gerado até falta de medicamentos em hospitais e farmácias, além da sobrecarga nos centros médicos. À agência de notícias RFI na última semana, Pierre-Hugues Saint-Jean, presidente da Associação de Farmacêuticos do Haiti, disse que muitas áreas estão afetadas.
"Quanto ao ciclo de distribuição de medicamentos no Haiti, ou seja, os laboratórios, depósitos de distribuição e as farmácias […], todos esses canais foram afetados", cravou.
Ele continuou dizendo que "os três laboratórios farmacêuticos que temos no Haiti não podem funcionar normalmente. […] nessa situação, o abastecimento ou reabastecimento das farmácias é extremamente difícil".