Panorama internacional

Em desafio à China, Japão instala mísseis antinavio no arquipélago de Okinawa

A iniciativa faz parte da estratégia de contenção, ou dissuasão, regional da China pelos EUA, aumentando o nível da defesa costeira já presente na região.
Sputnik
A Força Terrestre de Autodefesa do Japão realizou no sábado (30) uma cerimônia no arquipélago de Okinawa que marcou a criação de uma nova força de mísseis antinavio em Camp Katsuren, Uruma.
Oniki Makoto, ministro da Defesa do Japão, disse que a unidade, operada por 200 soldados e armada com sistemas de mísseis de defesa costeira Type 12, terá a tarefa de defender a região sudoeste do Japão e até mesmo "bloquear uma possível invasão" de um adversário estrangeiro.
Construídos pela japonesa Mitsubishi Heavy Industries, os mísseis Type 12, de 700 kg, com orientação inercial, GPS e guiados por radar, têm um alcance operacional entre 200 e 400 km, com a indústria militar planejando aumentar seu alcance para "pelo menos" 1.000 km até 2026 como parte de um programa de rearmamento de US$ 320 bilhões (R$ 1,6 trilhão) anunciado por Tóquio em 2022.
Panorama internacional
Mídia: Taiwan constrói defesas móveis para 'travar China' enquanto espera EUA em eventual ataque
Enquanto isso, o jornal japonês Mainichi Shimbun deixou claro que a força de mísseis terá a tarefa de "vigiar" os navios de guerra chineses que navegam em águas internacionais entre Okinawa e a ilha de Miyako (situada a cerca de 270 km a sudoeste de Okinawa) para entrar em mar aberto.
"É a primeira vez que uma unidade de mísseis superfície-superfície é estabelecida na ilha principal de Okinawa, e também é a primeira vez que mísseis superfície-navio Type 12 são entregues na ilha principal", informou o jornal japonês Ryukyu Shimpo sobre a implantação planejada no início da semana.
Miyako, Ishigaki e Amami-oshima, outras ilhas japonesas circundantes, já possuem unidades de defesa costeira semelhantes.
O jornal britânico Newsweek caracterizou a implantação em Okinawa como uma medida que ajudará a "combater os movimentos agressivos da China ao longo da primeira cadeia de ilhas", bloqueando os navios chineses em um "ponto de estrangulamento" vital.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar