"Para nós é importante identificar não apenas os perpetradores diretos, mas todos os elos, cadeias dos beneficiários criminosos finais dessa atrocidade. Sem dúvida que os alcançaremos", disse Putin em uma reunião ampliada do conselho do Ministério do Interior.
O líder russo afirmou durante o evento que não se pode permitir que os recentes acontecimentos trágicos no Crocus City Hall provoquem um aumento da xenofobia e da islamofobia.
Putin destacou que as instalações esportivas, transportes, centros comerciais e de entretenimento, escolas, hospitais, universidades, teatros e outras instalações importantes devem estar sob controle constante, incluindo sob o controle do Ministério do Interior.
Durante discurso, Putin disse que certos países querem vingança na luta contra a Rússia pelas campanhas de Napoleão e Hitler, pois muito está preservado na memória histórica dos detratores.
Há quem queira, na situação atual de um mundo em rápida mudança, manter sua hegemonia, inclusive à custa da Rússia, de seus territórios e recursos, disse o líder russo.
"Curiosamente, há quem queria vingança pelos fracassos na luta contra a Rússia, mesmo em períodos históricos, por campanhas malsucedidas como Hitler para a Rússia, Napoleão e similares. Há muitos exemplos históricos, e curiosamente, na memória histórica dos inimigos que mencionei, muito é preservado", disse Putin.
Ato terrorista no Crocus City Hall
No dia 22 de março, um grupo de homens armados atirou contra uma multidão reunida no salão de concertos do Crocus City Hall, poucos minutos antes do início do show de uma banda de rock. O tiroteio foi seguido de um incêndio que, segundo o Ministério para Situações de Emergência, afetou uma área de quase 13 mil metros quadrados. Segundo os últimos dados oficiais, o ataque terrorista deixou 144 mortos, incluindo crianças, e cerca de 180 feridos.
O presidente russo Vladimir Putin reconheceu que o ataque foi obra de islâmicos radicais, mas assumiu que poderia ser um elo em uma cadeia de operações levadas a cabo contra a Rússia desde 2014 "pelas mãos do regime neonazista em Kiev".
Segundo o Serviço Federal de Segurança, após o ataque os terroristas tentaram fugir em direção à fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, a Ucrânia negou categoricamente qualquer envolvimento no ataque.
O ataque ao salão de concertos é o mais mortal na Rússia em quase 20 anos.