"Não estamos falando sobre a OTAN se tornar uma aliança global. A OTAN continuará a ser uma aliança entre a América do Norte e a Europa", disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa após uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da aliança.
O chefe da OTAN sublinhou, ao mesmo tempo, que a segurança do bloco "está ligada aos acontecimentos na região entre a Ásia e o Pacífico".
Dessa forma, continuou, os dois atores precisam cooperar para resolver os problemas globais.
Para Stoltenberg, "a segurança é uma questão global, não regional", algo que o conflito ucraniano tornou evidente.
Nesta quinta-feira (4), completam-se 75 anos da assinatura do Tratado de Washington, que deu origem à OTAN, o maior bloco militar do planeta.
Apesar das promessas dos Estados Unidos de que a Aliança Atlântica não se expandiria para o leste, feitas em 1990, o bloco de guerra quebrou os seus compromissos em 1999 e incorporou a Polônia, a Hungria e a República Tcheca em sua primeira vaga expansionista.
Na segunda abertura, em 2004, a organização militar admitiu Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia e Romênia. Em 2009, a Albânia e a Croácia aderiram ao bloco.
No início de junho de 2017, a OTAN também incorporou Montenegro, apesar dos protestos massivos da população do país. Três anos depois, a Macedônia do Norte também entrou.
Em abril de 2023, a Finlândia se tornou o 31º membro da Aliança Atlântica e, em 7 de março deste ano, a Suécia aderiu oficialmente ao bloco, tornando-se o número 32.
Moscou denuncia há anos a expansão da Aliança Atlântica em direção às fronteiras russas, a acumulação de forças aliadas na Europa, o aumento contínuo das despesas militares dentro do bloco e seu crescente envolvimento no conflito ucraniano.