O nome mais cotado para ser o novo secretário-geral é o premiê dos Países Baixos, Mark Rutte. Contudo, algumas nações do Leste Europeu estão pressionando a aliança para uma maior representação da região entre os cargos de liderança.
Os Países Bálticos levantaram a questão da representação geográfica em diálogos com Rutte, que lhes garantiu que a questão está no seu radar, segundo uma fonte ouvida pela Bloomberg.
A mídia afirma que a operação russa na Ucrânia "criou um sentimento de vingança entre muitos dos membros orientais da OTAN" que alertavam sobre a possível ação e não foram ouvidos. Agora, esses Estados procuram maior influência na tomada de decisões.
Em conjunto a isso, há o fato de que esses países mantêm despesas com a defesa mais elevada em porcentagem da produção econômica do que muitos dos seus homólogos ocidentais.
"Esperávamos mais empatia por parte dos candidatos com as exigências dos países da ala oriental da OTAN", disse Juraj Blanr, chanceler da Eslováquia na quinta-feira (4).
Os Estados Unidos e seus parceiros que apoiam Rutte esperavam confirmá-lo como sucessor na reunião de ministros das Relações Exteriores esta semana.
Porém, a decisão surpreendente da Romênia de apresentar seu presidente, Klaus Iohannis, como candidato atrasou o processo.
Para ter sucesso, o primeiro-ministro holandês deve garantir o apoio unânime de todos os 32 Estados-membros da OTAN. Ele já conquistou o apoio de EUA, Alemanha e Reino Unido entre os membros mais influentes da aliança.
No entanto, Rutte ainda não obteve o apoio de quatro países: Hungria, Romênia, Eslováquia e Turquia, escreve a mídia.