Lula, na ocasião, afirmou que o episódio — invasão da Embaixada mexicana em Quito por policiais — representou uma grave ruptura do direito internacional. O presidente brasileiro reforçou, ainda, que o Brasil acompanhará o tratamento do tema na Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Na noite da última sexta-feira (5), a polícia entrou à força na Embaixada em Quito e capturou o ex-vice-presidente Jorge Glas, que se refugiou na sede desde meados de dezembro.
O Equador disse que o México conceder asilo ao ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas é ilegal e exigiu a extradição do político, informou o Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano em um comunicado emitido na semana passada.
As tensões entre os países aumentaram e, imediatamente, o México anunciou a suspensão das relações diplomáticas com o Equador.
López Obrador, durante conversa com Lula, agradeceu a solidariedade do Brasil e salientou que, além das discussões na CELAC, o México levará o tema da invasão da embaixada à Corte Internacional de Justiça (CIJ).
O presidente Lula, com a perspectiva de estreitar relações econômicas e comerciais entre os países, demonstrou o desejo de retornar ao México ainda este ano, antes do fim do mandato de López Obrador. O líder mexicano acenou positivamente para a visita e afirmou que terá grande prazer em receber Lula.