Redução de contingente
"Reduzir o número de combatentes e automatizar os processos. Processos que hoje envolvem, mesmo sem muito risco de vida, […] avaliação humana", pontua o militar em entrevista à Sputnik Brasil.
"Em vez de ter, por exemplo, a necessidade de lançamento de um míssil [por um combatente], ou de uma aeronave tripulada, ou mesmo de um veículo […] de combate tripulado, um tanque armado, [com] um agente lá dentro, […] essas pessoas todas podem morrer no ar, na terra ou no mar. E cada vez que morre muita gente, é um custo político para o governante. Então o sonho dourado de qualquer governante é ganhar a guerra sem morrer gente", sublinha.
Exército robótico
"Existe um risco muito grande da máquina [errar]. A máquina não tem emoções, percepções, sentimentos. Ela [a máquina] vai tomar a decisão com base nas informações que ela tem", frisa.
"Ela recebeu as informações realmente necessárias, pertinentes? Outra coisa, se começar a morrer gente inocente, eles vão tirar as máquinas todas de repente, vão voltar a usar homens na guerra, homens e mulheres?", indaga o profissional.
Um olhar estratégico
"Sobre a análise de alvos, o Brasil importa dos Estados Unidos a ideia de D3A. Começa com […] 'Detecção'. Que a inteligência artificial seria conforme o uso da inteligência artificial israelense, ou seja, para identificação e análise de alvos. O que seria identificação? Seria saber de onde vem, onde está um alvo no campo de batalha, um alvo inimigo; qual o seu valor, ou seja, qual é o efetivo presente; qual o tipo de alvo, se é blindado, se é meio humano, se é uma antena, e por aí vai", explica o militar.