Panorama internacional

EUA ligam para China e Turquia e pedem 'uso de influência' para dissuadir Irã de atacar Israel

Assim como os países citados, o Departamento de Estado também telefonou para o chanceler da Arábia Saudita diante da eminência de um contra-ataque iraniano que pode atingir não só Israel, como instalações ou territórios norte-americanos, segundo o Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês).
Sputnik
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou com seus homólogos turco, chinês e saudita, pedindo-lhes que exortem o Irã a não retaliar contra Israel nem aumentar as tensões, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

"O secretário Blinken esteve envolvido na diplomacia nas últimas 24 horas, através de uma série de telefonemas a homólogos estrangeiros, incluindo os ministros das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, da China, Wang Yi, e da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, para deixar claro que a escalada não é do interesse de ninguém e que os países deveriam instar o Irã a não escalar", disse Miller durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11).

O porta-voz também afirmou esperar que o assassinato de três filhos e quatro netos do presidente do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, nos ataques israelenses na Faixa de Gaza não afete o cessar-fogo em curso e as negociações de reféns.
"Com relação a esses ataques, certamente espero que [o incidente] não [afete as negociações], mas não gostaria de fazer qualquer tipo de avaliação", afirmou.
Ao mesmo tempo, a Casa Branca deixou claro novamente nesta quinta-feira (11) que comunicou ao Teerã que as forças norte-americanas não estiveram envolvidas no ataque aéreo contra a Embaixada do Irã em Damasco, na Síria.

"Comunicamos ao Irã que os EUA não tiveram qualquer envolvimento no ataque que aconteceu em Damasco e alertamos o Irã a não usar esse ataque como pretexto para aumentar ainda mais a escalada na região ou para atacar instalações ou pessoal dos EUA", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres hoje, segundo a Reuters.

Washington continua a ter Israel como seu maior aliado no Oriente Médio e, mesmo com a ofensiva militar israelense que já matou mais de 33 mil palestinos, os EUA não cortaram o fluxo de venda de armas para Tel Aviv, embora o presidente Joe Biden tenha feito declarações mais duras sobre o governo de Benjamin Netanyahu nas últimas semanas.
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A amizade "sem linhas vermelhas" para qualquer ação israelense faz com que os EUA também se tornem alvo de uma possível retaliação iraniana tanto pelo conflito na Faixa de Gaza quanto pelo ataque à sua embaixada na Síria que deixou sete pessoas mortas, incluindo dois comandantes do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
O pedido da Casa Branca e o apelo do Departamento de Estado acontecem enquanto o chefe do FBI, Christopher Wray, faz um discurso também nesta quinta-feira (11), na Câmara dos Representantes, alertando para a possibilidade de um ataque coordenado e organizado por terroristas nos Estados Unidos, conforme noticiado.
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