Ciência e sociedade

'IA é perigosa': cosmonauta russo narra experiências no espaço e faz alerta sobre futuro (VÍDEO)

Desde as profundezas do espaço até os detalhes mais íntimos do treinamento, o cosmonauta russo Ivan Vagner compartilhou com a Sputnik Brasil sua experiência e visão do futuro sobre a exploração espacial.
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Com uma carreira que abrange nove anos de preparação meticulosa, Vagner, entrevistado por ocasião do Dia do Cosmonauta, destacou antes de tudo a importância do treinamento físico, psicológico e técnico em Star City, próximo a Moscou.

"A preparação é bastante ampla e, portanto, como a estação é internacional, voamos e realizamos trabalhos no segmento americano, bem como nos segmentos europeu e japonês. Por isso, passamos por treinamentos nesses segmentos, nesses módulos nos países relevantes. A estação é um organismo único", ressaltou.

Ele enfatiza a necessidade de compreender não apenas o segmento russo da Estação Espacial Internacional (EEI), mas também dos demais.
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Papel dos cosmódromos (bases de lançamentos espaciais)

Vagner compartilha sua visão sobre o futuro da inteligência artificial (IA) na indústria espacial, alertando sobre os perigos potenciais, mas reconhecendo os benefícios da tecnologia da informação na simplificação de processos e na aceleração da produção.

"A inteligência artificial é uma história muito perigosa, e hoje ouvimos muitos comentários daqueles que estão envolvidos nisso de que podemos abrir a caixa de Pandora e, em algum momento, a inteligência artificial pode, de acordo com algumas teorias, começar a destruir a humanidade, porque é ilógico em sua compreensão", pontuou.

Além disso, Vagner discute o papel crucial dos cosmódromos na eficácia dos lançamentos de foguetes, destacando a importância de sua localização geográfica e segurança para áreas povoadas.
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"Se forem órbitas polares ou lançamentos contra a rotação da Terra, os cosmódromos do norte serão mais lucrativos. Mas a maioria é lançada em órbitas na rotação da Terra para aproveitar a velocidade de rotação da Terra. Portanto, quanto mais próximo o cosmódromo estiver do Equador, mais rentável ele será. Mas aqui você precisa entender as condições em que as etapas cairão", explica.

Terra vista de cima

Emocionado ao falar sobre a beleza do planeta Terra vista do espaço, Vagner descreve as vistas deslumbrantes das luzes noturnas, tempestades tropicais e até mesmo a rara visão das nuvens noctilucentes (noites brilhantes) e do cometa Neowise.

"Acontece que tenho sorte de ver nuvens prateadas. Não sei por que, mas tenho sorte com nuvens noctilucentes. Consegui fotografar não só à noite, mas perto do amanhecer nuvens noctilucentes. E, neste momento, o cometa Neowise ainda estava passando", arremata.

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