Além de criticar Tel Aviv, Erdogan também observou que os ataques do fim de semana mostraram a duplicidade de critérios do Ocidente e o potencial de guerra na região. Erdogan disse ser crucial identificar a principal razão por detrás do ataque de 13 de abril contra a Embaixada do Irã em Damasco.
"O principal ator responsável pela tensão que tomou conta dos nossos corações na noite de 13 de abril é [Benjamin] Netanyahu e a sua sangrenta administração […]. Desde 7 de outubro, o governo israelense tem tomado medidas provocativas para alimentar o fogo na região", afirmou o presidente citado pelo Daily Sabah.
Ao mesmo tempo, o líder chamou atenção para o fato de que não foram muitos os países que reagiram contra o ataque israelense na Síria, o que "desrespeitou completamente o direito internacional".
"Aqueles que não manifestaram qualquer oposição à agressão israelense durante meses estão agora correndo para condenar a resposta do Irã. […] alimentar o fogo e estragar continuamente a administração de Netanyahu não beneficia ninguém", disse ele, acrescentando que tal postura injusta levará a novas tensões até que termine a opressão e o genocídio na Faixa de Gaza.
As relações entre Tel Aviv e a Ancara se deterioraram enormemente depois de Israel ter lançado uma ofensiva militar na Faixa de Gaza em resposta ao transfronteiriço de 7 de outubro liderado pelo Hamas. O conflito deixou mais de 34 mil palestinos mortos e cerca de 1.350 israelenses.