Em um telefonema na segunda-feira (15), Wang Yi, chanceler da China, afirmou a Hossein Amir-Abdollahian que Pequim apreciava a ênfase do Irã "em não visar países regionais e vizinhos". Wang também declarou ter notado que Teerã fez ações "limitadas e realizadas em legítima defesa".
"A China condena veementemente e se opõe resolutamente ao ataque à embaixada e classifica o incidente como inaceitável", disse o chanceler chinês, segundo a Reuters.
Em resposta, Amir-Abdollahian informou ao seu homólogo sobre a posição do Irã, acrescentando que Teerã está ciente das tensões regionais e disposto a "exercer moderação sem intenção de novas escaladas", relata a mídia.
Em um movimento de reafirmação das relações, Wang disse que Pequim e Teerã podem trabalhar juntas em uma série de áreas no futuro.
"A China está pronta para avançar de forma constante na cooperação prática em vários campos com o Irã e promover um maior desenvolvimento das relações China-Irã", disse Wang Yi no mesmo telefonema, citado pela Bloomberg.
Os comentários de Wang oferecem ao Irã uma medida de apoio diplomático depois do ataque com mísseis e drones a Israel ter suscitado preocupações de um conflito mais amplo.
Teerã disse que a medida foi uma retaliação por um ataque ao complexo de sua embaixada na Síria, que matou altos oficiais militares iranianos. Esta foi a primeira vez que o Irã atacou Israel a partir do seu solo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou com seu homólogo iraniano Ebrahim Raisi nesta terça-feira (16). De acordo com uma nota do Kremlin, Putin expressou esperança de que todas as partes no Oriente Médio mostrem moderação e não permitam uma nova ronda de confrontos.
As tensões estão elevadas uma vez que o governo do israelense Benjamin Netanyahu prometeu responder ao ataque do Irã e vários países apelaram à contenção. Desde o ataque com mísseis no sábado à noite (13), várias nações convocaram os embaixadores iranianos.