Panorama internacional

Ocidente não fornece à Ucrânia mesma ajuda contra drones que oferece a Israel, admite Josep Borrell

Após videoconferência dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE), o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, destacou as diferenças fundamentais entre a Ucrânia e Israel em termos de proteção contra drones e ataques aéreos, destacando os desafios em oferecer a Kiev um apoio semelhante ao fornecido a Tel Aviv.
Sputnik
Ele alegou que os ataques iranianos contra Israel foram direcionados a bases aéreas de países como França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Jordânia, o que, em sua avaliação, justifica uma resposta em legítima defesa por parte desses países.
No entanto ele observou que a Ucrânia não possui bases aéreas de países aliados, o que torna a situação muito diferente e impõe desafios significativos em termos de assistência.
O diplomata da UE também mencionou o extenso investimento feito por Israel ao longo dos anos na criação do sistema de defesa aérea Cúpula de Ferro, como parte de sua proteção contra ameaças externas.
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Ele reconheceu que mesmo se o bloco tivesse os meios, construir uma estrutura semelhante para a Ucrânia seria uma tarefa monumental que não poderia ser realizada no curto prazo.
Apesar das dificuldades, Borrell admitiu que se estivesse na posição do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, também buscaria ajuda diante das crescentes ameaças.
No entanto ele reconheceu os desafios logísticos e estruturais que impedem a prestação de um apoio equivalente.
A Rússia expressa forte oposição ao fornecimento de armas à Ucrânia pelo Ocidente, argumentando que isso interfere nos esforços de negociação e coloca os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) diretamente no conflito.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia será considerada um alvo legítimo pela Rússia.
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