Panorama internacional

Ações nos EUA caem pelo 4º dia consecutivo com resultados fracos e sem perspectiva de corte de juros

As ações nos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira (17) pelo quarto dia consecutivo, diante dos fracos resultados econômicos do primeiro trimestre para as empresas norte-americanas e, também, a falta de expectativas de cortes nas taxas de juros até o fim do ano.
Sputnik

"A temporada de divulgação de resultados está começando de forma um tanto perturbadora, com várias empresas relatando resultados positivos, mas negociando em baixa quando as orientações são mais cautelosas do que se esperava", enfatizou Louis Navellier, um gestor de fundos de Nevada responsável por cerca de US$ 1 bilhão [R$ 5,2 bilhões] em ativos à publicação MarketWatch, ligada ao The Wall Street Journal.

O índice S&P 500 da Bolsa de Valores de Nova York, que acompanha as ações das 500 principais empresas dos EUA, fechou em baixa de 31 pontos (ou 0,6%). Já o indicador sobre ações de primeira linha está em queda de 2% na semana, após cair 1,6% e 1% nas semanas anteriores.
Com relação ao índice composto Nasdaq, que compreende ações de gigantes norte-americanas como Amazon, Apple, Netflix e Google, os números também são negativos: queda de 1,2%. Desde a última segunda (15), a baixa acumulada chega a 3%, após reduções semanais anteriores de 0,5%, 0,8% e 0,3%, respectivamente.
O Dow Jones Industrial Average, o indicador mais amplo de Wall Street e que acompanha as ações de 30 grandes corporações dos EUA, fechou em 37.753 pontos, uma baixa de 0,1% no dia.
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Taxas de juros nos Estados Unidos

O cenário da semana foi pressionado por conta de comentários de autoridades do Federal Reserve, o banco central norte-americano, sobre o corte nas taxas de juros. Conforme a entidade, a medida não deve ocorrer tão cedo por conta da inflação que voltou a crescer no país.
O governo relatou na semana passada que os preços ao consumidor nos EUA aumentaram 3,5% no último mês, superando a previsão de 3,4% do Wall Street. O número ficou bem acima da meta de 2% estabelecida pelo Sistema de Reserva Federal (FED, na sigla em inglês), o que adiou o início das reduções das taxas que eram esperadas para o meio do ano.
Em junho de 2022, a inflação norte-americana atingiu o valor mais alto das últimas quatro décadas após alcançar 9,1%. Em resposta, o FED elevou as taxas de juros 11 vezes entre março de 2022 e julho de 2023.
Com isso, as taxas oficiais de empréstimos ficaram entre 5,25% e 5,5%, indicador considerado alto para os padrões anteriores à pandemia, quando ficavam entre 0 a 0,25%. As taxas permanecem inalteradas desde julho do ano passado, e o FED indicou que a inflação precisa se aproximar de sua meta anualizada de 2% para considerar cortes.
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