No encontro, o Brasil "tomou a dianteira" na articulação para uma eventual evacuação caso o contra-ataque de Israel no Irã cause necessidade para a ação. A Embaixada brasileira inclusive já atualizou seu plano próprio de evacuação, de acordo com a coluna de Lauro Jardim no O Globo.
Segundo o colunista, dois motivos levam à liderança brasileira entre as nações: ser a maior comunidade latino-americana na República Islâmica e a experiência com a retirada de brasileiros na Faixa de Gaza.
Uma das rotas pensadas para retirar brasileiros se preciso é pela Turquia. Nesse caso, os cidadãos seriam levados até Ancara, onde o país tem melhor estrutura. O plano, no entanto, é suscetível a mudanças e prevê outras alternativas, uma vez que não é possível ter certeza do que vai acontecer.
O fechamento de aeroportos e passagens, por exemplo, poderia afetar a logística, ressalta a mídia.
Paralelamente, a missão brasileira tem mantido contato com autoridades europeias no país, em esforço coordenado de medidas se a crise escalar. O embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Gradilone, conversou com o representante de Portugal para alinhar essa troca entre as comunidades.
"Estamos esperando para ver se vai ter retaliação de Israel e, dependendo dela, o que vamos fazer com nossos nacionais, de acordo com a manifestação da vontade deles. Se forem seis, é uma coisa. Se forem os 180 [brasileiros], é outra", afirmou Gradilone citado pela mídia.
O jornal informa que a comunidade brasileira no país persa mantém contato por um grupo no WhatsApp, em que compartilham informações. São precauções tomadas em meio à indefinição sobre o futuro do conflito.