A Força de Apoio Estratégico foi criada há nove anos, em 2015, para coordenar as ações na guerra cibernética e na confrontação política. As unidades aeroespacial e cibernética, antes subordinadas, agora são independentes e operarão em paralelo à Força de Apoio à Informação.
A medida é uma decisão importante do Comitê Central do Partido Comunista da China por conta da necessidade de construir forças fortes, declarou Xi Jinping. O presidente ainda destacou que o novo ramo é um pilar chave para coordenar a construção e a aplicação de um sistema de informação em rede, conforme a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
As tropas de informática desempenharão um papel crucial para promover um desenvolvimento de alta qualidade e a competitividade do Exército da China na guerra moderna, enfatizou o mandatário chinês.
A reestruturação ainda permitirá "melhorar o desdobramento" dos sistemas de satélites, do ciberespaço e da condução da guerra eletrônica, declarou o pesquisador sênior aposentado da Academia de Pesquisa Naval do Exército de Libertação Popular, Cao Weidong, durante o Simpósio Naval do Pacífico Ocidental, realizado em Qingdao.
A reorganização chega em um contexto de competição com os Estados Unidos pela influência global, além de acusações por parte de países ocidentais de atividades de pirataria informática, comenta o Bloomberg. Anteriormente, a chefe do Comando de Transporte dos EUA, general Jacqueline Van Olst, estimou que a China tem 100 vezes mais capacidade de construção naval do que os EUA para dominar a atividade marítima na região do Indo-Pacífico.