Panorama internacional

Ao adotar armas nucleares de membros da OTAN, Polônia coloca em risco sua segurança, atesta analista

Moscou denunciou o "convite" do presidente polaco Andrzej Duda para que armas nucleares dos EUA sejam instaladas em seu país.
Sputnik
Mas a tendência perigosa existe desde 2015, desafiando todas as leis e todos os acordos.
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A adesão de armas nucleares de Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acarretaria consequências, explica analista ouvido pela Sputnik.

"As autoridades americanas não estão particularmente dispostas [a implantar armas nucleares na Polônia], elas compreendem os riscos que tal medida implicaria", disse Mateusz Piskorski, observador político baseado em Varsóvia e colunista do jornal Mysl Polska, à Sputnik.

"No entanto, [tal proposta] é certamente um caminho para uma escalada inevitável. Se de fato forem instaladas armas nucleares na Polônia, isso criaria uma ameaça real para a segurança […]" do país, complementou o analista.

Rússia reage

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) da Rússia denunciou imediatamente a declaração de Andrzej Duda. "As armas nucleares americanas em território polaco farão parte da lista de alvos legítimos [para as forças russas] em caso de conflito da Rússia com a OTAN", disse Maria Zakharova, porta-voz oficial do MRE russo.
Zakharova também chamou a declaração de Duda de "provocativa" e observou que não foi algo inesperado. "As autoridades polacas têm vindo tornar pública esta ambição há muito tempo — o seu desejo de se apoiarem nas armas nucleares dos EUA instaladas na Europa", destacou.

Acordo renegado

Mateusz Piskorski lembra que este não é o primeiro precedente de membros da OTAN que renegam os seus acordos anteriores com a Rússia.
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"Os líderes da OTAN, capitaneados pelos EUA, prometeram [a Mikhail Gorbachev e Eduard Shevardnadze] nos tempos soviéticos que a OTAN não se expandiria… Houve também inúmeras promessas de não instalar armas nucleares e outros armamentos perigosos no território de novos membros da aliança. E veja o que aconteceu", disse Piskorski à Sputnik.

Em 2022, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, garantiu à comunidade internacional que os EUA "não tinham a intenção" de implantar armas nucleares no território dos novos membros da OTAN.
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