No sábado (20), a Câmara dos EUA aprovou legislação para fornecer US$ 26,38 bilhões (cerca de R$ 135,6 bilhões) em dotações suplementares para Israel e Gaza, o que inclui US$ 17 bilhões (aproximadamente R$ 87,4 bilhões) em ajuda militar para Israel e US$ 9 bilhões (mais de R$ 46,3 bilhões) para ajuda humanitária mundial, incluindo para civis em Gaza.
"Isto coloca o último prego no caixão da credibilidade dos EUA em todo o mundo. Deixa claro para todos, sem qualquer dúvida razoável, que os Estados Unidos se juntaram a Israel em desrespeito ao direito internacional e à decência humana", disse Freeman, que também serviu como disse o secretário adjunto de defesa para assuntos de segurança internacional no governo Clinton.
A "ajuda obscenamente massiva" permitirá a Israel dar a cabo "o mesmo genocídio em Gaza e na Cisjordânia ocupada a que os Estados Unidos hipocritamente afirmam se opor", disse Freeman.
"Nem Israel nem os Estados Unidos deverão superar em breve a humilhação internacional gerada pela sua parceria na depravação", previu o analista.
O pacote de ajuda de sábado aprovou mais do dobro do montante de fundos também para o governo do presidente Vladimir Zelensky na Ucrânia. Mas isso não evitaria a iminente derrota de Kiev nas mãos da Rússia, advertiu Freeman.
"O moral da Ucrânia será impulsionado pela renovação do apoio financeiro dos Estados Unidos, mas isto não resolverá os seus problemas no campo de batalha. Não criará mais homens ucranianos com treino militar. Nem fornecerá mais projeteis de artilharia", disse ele.