Panorama internacional

'Cooperação ou confronto': China alerta Blinken sobre política externa dos EUA, diz mídia

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foi alertado por Pequim sobre que postura Washington pretende assumir diante das negociações com a China.
Sputnik
De acordo com o Financial Times (FT), Pequim afirmou que os EUA devem escolher entre "confronto ou cooperação", quando o secretário de Estado Antony Blinken iniciou sua visita oficial ao gigante asiático durante a qual se espera que entregue um ultimato sobre a alegada ajuda chinesa à Rússia ante o conflito ucraniano.
Blinken esteve em Xangai nesta quinta-feira (25), onde se encontrou com o secretário do Partido Comunista, Chen Jining, antes das negociações com a liderança central da China, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, em Pequim, nos próximos dois dias.
"Temos uma obrigação [...] para gerir a relação entre os nossos dois países de forma responsável", disse Blinken após a reunião a portas fechadas com o líder do partido.
As tensões entre os EUA e a China têm estado altas há algum tempo e Washington acusa Pequim de apoiar a máquina industrial militar da Rússia na Ucrânia, fornecendo materiais a Moscou que incluem semicondutores, máquinas, ferramentas sofisticadas e motores de mísseis de cruzeiro.
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A expectativa é que Blinken avise que os EUA pretendem tomar medidas punitivas contra Pequim, a menos que a China pare de enviar tecnologia relacionada para a Rússia, reforçando a mensagem da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em visita à China neste mês.
O ministério das Relações Exteriores da China respondeu às acusações dos EUA sobre a Ucrânia, dizendo que "a China não é a criadora nem a parte na crise da Ucrânia", ao mesmo tempo em que acusou os EUA de interferirem na região da Ásia-Pacífico, particularmente no contestado mar do Sul da China, que Pequim afirma estar em sua zona de influência quase em sua totalidade.
Não está claro ainda se Blinken estará com Xi, com quem o secretário de Estado dos EUA se encontrou pela última vez em Pequim, em junho do ano passado.
Ainda segundo aa mídia, analistas disseram que o aumento do diálogo EUA-China nos últimos meses refletiu um interesse de ambos os lados em estabilizar as relações antes que a campanha eleitoral presidencial dos EUA entre em pleno andamento neste ano.
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