Nesta sexta-feira (26), o premiê israelense afirmou que sob sua liderança "Israel nunca aceitará qualquer tentativa do Tribunal Penal Internacional de Haia de minar o seu direito básico de se defender. Embora as decisões tomadas pelo tribunal de Haia não afetem as ações de Israel, elas estabelecerão um precedente perigoso que ameaça soldados e figuras públicas", afirmou Benjamin Netanyahu, citado pelo The Times of Israel.
O país do Oriente Médio foi denunciado pela África do Sul em Haia por "submeter os palestinos à fome e a atos genocidas". Tel Aviv negou que esteja fazendo tais ações em sua campanha militar na Faixa de Gaza.
Também nesta sexta-feira (26), o oficial superior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS, na sigla em inglês), Pehr Lodhammar, disse que a grande quantidade de escombros na Faixa de Gaza, incluindo munições não detonadas, pode levar cerca de 14 anos a ser removida.
Lodhammar diz que embora seja impossível determinar o número exato, a guerra deixou cerca de 37 milhões de toneladas de detritos no enclave costeiro densamente povoado e amplamente urbanizado.
"Sabemos que normalmente há uma taxa de falha de pelo menos 10% das munições de serviço terrestre que são disparadas e não funcionam. Estamos falando de 14 anos de trabalho com 100 caminhões", afirmou, citado pela mídia.
A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro e chegou ao seu sétimo mês. Do lado israelense, cerca de 1.350 pessoas foram mortas e 253 sequestradas. Na Palestina, mais de 35 mil pessoas foram mortas e milhares estão feriadas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.