A Ucrânia afastou seus tanques Abrams M1A1 fornecidos pelos EUA da frente de combate contra a Rússia devido aos enxames de drones russos, que tornam muito difícil para os tanques operar sem serem detectados ou atacados, disseram duas fontes militares dos EUA à agência norte-americana Associated Press (AP).
Como contaram os oficiais americanos na matéria divulgada na sexta-feira (26), se tornou mais difícil para a Ucrânia proteger os tanques quando eles são rapidamente detectados por drones ou projéteis russos.
A proliferação de drones no campo de batalha na Ucrânia significa que "não há terreno aberto que possa ser atravessado sem medo de ser detectado", disse um oficial sênior da defesa a repórteres na quinta-feira.
Em resultado, cinco dos 31 tanques já foram destruídos devido a ataques russos, indica.
Christopher Grady, vice-presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, e outra fonte sob condição de anonimato, afirmaram que Washington trabalhará agora com Kiev para redefinir as táticas.
"Quando se pensa na forma como a luta evoluiu, os blindados em massa em um ambiente onde os sistemas aéreos não tripulados são onipresentes podem estar em risco", disse Grady à AP em uma entrevista, acrescentando que "agora, há uma maneira de fazer isso".
"Trabalharemos com nossos parceiros ucranianos e outros parceiros em terra para ajudá-los a pensar em como poderão usar isso, nesse tipo de ambiente alterado agora, onde tudo é visto imediatamente."
Apesar disso, ele continuou dizendo que os tanques ainda são importantes.
Os EUA concordaram em enviar 31 Abrams para a Ucrânia em janeiro de 2023, após meses de uma campanha intensiva por parte de Kiev, argumentando que os tanques, que custam cerca de US$ 10 milhões (R$ 51,6 milhões) cada, eram vitais na sua tentativa de romper as linhas russas. No entanto, a altamente esperada contraofensiva ucraniana nos meados de 2023 falhou em mudar significativamente a situação no campo de batalha.