"A China está disposta a ser uma parceira confiável e de longo prazo da Argentina e, juntas, aproveitar o 10º aniversário da Parceria Estratégica Abrangente deste ano entre os países como uma oportunidade para fortalecer os laços, aprofundar a confiança mútua e expandir a cooperação", afirmou Wang, citado pelo Ministério das Relações Exteriores.
O chanceler chinês destacou que a confiança política mútua é uma base sólida para o desenvolvimento estável das relações entre a China e a Argentina.
Wang também expressou a necessidade de continuar desenvolvendo a cooperação bilateral nos campos espacial, aeroespacial, oceânico, ártico e outros, bem como a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável, saudável e equilibrado do comércio entre os dois países.
"A China sempre apoiou os esforços da Argentina para manter a estabilidade econômica e financeira e está disposta a continuar a prestar assistência nesta área dentro das suas capacidades", acrescentou o ministro.
Mondino encerrou sua viagem de três dias pela China após as críticas iniciais do presidente argentino Javier Milei ao governo do país asiático.
No final de 2023, Milei, que venceu as eleições presidenciais argentinas, declarou em diversas ocasiões durante a campanha eleitoral a sua intenção de centrar a política externa nos Estados Unidos e em Israel e defendeu a rejeição da cooperação com a China, o Brasil e a Rússia.
Da mesma forma, as novas autoridades do país sul-americano rejeitaram a adesão da Argentina ao grupo BRICS.
Porém, após assumir a presidência, Milei suavizou sua postura em diversos assuntos. Em particular, o presidente afirmou que o seu governo atribui grande importância às relações Argentina-China e está disposto a continuar a contribuir para o aprofundamento e desenvolvimento da cooperação bilateral em diversas áreas.
Além disso, pouco depois de assumir o seu mandato, o presidente argentino enviou uma carta ao seu homólogo chinês Xi Jinping, solicitando o seu apoio à renovação do acordo de swap cambial para continuar a pagar em yuan pelos produtos chineses e poder saldar algumas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).