A Colômbia vai romper as releções diplomáticas com Israel na próxima quinta-feira (2). O anúncio foi dado nesta quarta-feira (1º) pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, durante um discurso em um ato relativo ao Dia do Trabalho, na Praça Bolívar, em Bogotá.
"Uma palavra justifica a necessidade de vida, revolta, hasteamento da bandeira e resistência, e essa palavra é 'Gaza', essa palavra é 'Palestina'. São meninas e meninos, bebês mortos, despedaçados por bombas. [Este] É um governo de mudança, e o presidente da República informa que amanhã as relações diplomáticas com o Estado de Israel serão rompidas, porque eles têm um governo e um presidente genocidas", disse Petro.
Há meses, o presidente colombiano vem criticando a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Em fevereiro, ele afirmou que as ações do governo israelense no enclave remetem ao Holocausto, declaração alinhada às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Tel Aviv.
Em março, assim como fez com o chefe de Estado brasileiro, o chanceler israelense, Israel Katz, atacou o governo colombiano, afirmando que Petro apoia o Hamas e as ações cometidas pelo grupo palestino em território israelense no dia 7 de outubro.
"O apoio do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, aos assassinos do Hamas que massacraram e cometeram crimes sexuais hediondos contra bebês, mulheres e adultos é uma vergonha para o povo colombiano. Israel seguirá protegendo seus cidadãos e não cederá a qualquer pressão ou ameaça", disse Katz.
Na ocasião, Petro rejeitou as acusações do chanceler, e enfatizou que se Israel não cumprir a resolução de cessar-fogo aprovada naquele mês pelo Conselho de Segurança da ONU (CSNU), a Colômbia romperia relações com o país.