O volume de comércio da China com os países do BRICS atingiu quase 209,7 US$ bilhões (mais de R$ 1 trilhão), um aumento de 11,3% em termos anuais, no primeiro trimestre de 2024, segundo dados das autoridades aduaneiras chinesas.
Assim, as negociações dentro do bloco representaram 14,7% do valor total do comércio exterior do país, conforme a Administração Geral das Alfândegas (AGA).
O comércio da China com os membros fundadores do grupo BRICS – Brasil, Rússia, Índia e África do Sul – registrou um impulso significativo, de acordo com o relatório da AGA. Especificamente, as exportações entre o país asiático e o seu parceiro sul-americano aumentaram 25,7% em termos anuais, enquanto as importações atingiram 30,1%.
Quanto à cooperação econômica com Moscou, também foi computado um aumento, especialmente nos setores de energia, automóveis e máquinas.
A AGA especificou que também continuam as tendências positivas nas relações comerciais da China com a Índia. Pelo quinto trimestre consecutivo, o crescimento do nível de comércio entre os dois Estados foi de 8,5%.
Já os negócios com a África do Sul, há anos o maior parceiro econômico de Pequim no continente africano, foram de quase US$ 4,85 bilhões (R$ 25,2 bilhões), enquanto suas importações da nação africana rondaram os US$ 9,178 bilhões (R$ 47,69 bilhões).
Em relação aos novos membros do BRICS, a China mantém uma boa cooperação com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos no comércio de energia. Da mesma forma, desenvolve uma estreita colaboração no domínio das infraestruturas com o Egito e a Etiópia, segundo a AGA. Além disso, as compras de produtos chineses no mercado iraniano aumentaram 15,2% no primeiro trimestre.
O BRICS, inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, define-se como uma associação de mercados emergentes de países em desenvolvimento, fundada em laços históricos de amizade, solidariedade e interesses partilhados.
Em 2023, o grupo convidou Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã a aderirem. Esses países, exceto a Argentina, tornaram-se membros plenos do bloco em janeiro deste ano.