"É uma reação de um império que está em franco declínio, que, por um lado, internamente enfrenta uma série de problemas ingovernáveis e, em nível internacional, também tem perdido governabilidade, restando-lhe apenas um aliado muito enfraquecido, que é a União Europeia, com pouca capacidade de autonomia, pois não toma suas próprias decisões políticas", afirmou Boza.
"É claramente um erro dos Estados Unidos, porque se eles pretendem condicionar a realização de eleições livres na Venezuela, o simples fato de um país tão poderoso como os Estados Unidos intervir de forma tão grotesca em uma economia e tentar influenciar as decisões dos eleitores é uma interferência absurda e desajeitada que não contribui", comentou.
"É um país intervencionista acostumado a se envolver à força nas políticas internas dos países, e está fazendo isso mais uma vez de forma desajeitada e criminosa, porque isso não prejudica os altos funcionários do governo nem aqueles em cargos públicos de alto nível; prejudica o funcionamento das instituições a nível municipal, como hospitais, [e seus] medicamentos de alto custo para pessoas com doenças terminais, e o desenvolvimento de planos para serviços públicos", destacou.
Assinatura de contratos mesmo com sanções
"Com muita dificuldade, mas está sendo conseguido, principalmente porque a Venezuela entendeu que precisa se alinhar ao lado certo, e o lado certo é a nova relação de forças que está surgindo no planeta […]. A Venezuela não só está fazendo a coisa certa ao estabelecer contratos, como isso também dá espaço para que, sempre que possível, avance rumo a uma nova estrutura financeira internacional e de relações monetárias", indicou.