Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados acreditam que é provável o surgimento de uma guerra civil nos Estados Unidos em até cinco anos. "Isso equivale a 106 milhões de adultos que veem o país a caminho do caos", afirma o estudo.
Isso significa que mais de quatro em cada dez cidadãos norte-americanos veem a possibilidade de um conflito interno nos EUA no futuro próximo, uma previsão que reflete a situação do país que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, procurou se erguer como o farol moral do mundo.
A pesquisa foi divulgada em um contexto de profunda polarização política, com o presidente democrata Joe Biden com altos índices de desaprovação entre a população em geral e sua própria base eleitoral, além de o ex-presidente Donald Trump e adversário nas eleições em novembro diante de um julgamento histórico.
O cenário de tensão cresceu nas últimas semanas em vários centros universitários de todo o país, especialmente em instituições privadas, onde estudantes que rejeitam a política pró-Israel do governo dos EUA têm enfrentado crescente hostilidade, resultando em cenas de brutal violência.
"A possibilidade de que os Estados Unidos possam em breve enfrentar outra guerra civil não parece muito absurda para muitos eleitores. Essas discussões ganharam impulso depois que o novo filme 'Guerra Civil' estreou como número um nas bilheterias no mês passado", aponta o estudo.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados se o resultado das eleições presidenciais alteraria a probabilidade de um conflito surgir. Para 37% dos entrevistados, uma vitória de Joe Biden tornaria a guerra mais provável, em comparação com 25% que disseram o mesmo sobre um triunfo de Trump.
Outra pesquisa recente da empresa YouGov, publicada em meados de fevereiro, revelou também que quase 25% dos norte-americanos disseram preferir que seu estado se separasse do país. O estudo revelou que o Alasca é a localidade mais separatista, com 36% da população a favor dessa ideia.
Em segundo lugar está o Texas, estado que historicamente exibiu perfil autônomo e independente, e que nos últimos meses esteve nas manchetes devido aos esforços do governador Greg Abbott para desafiar as políticas do governo do presidente Joe Biden em relação às políticas migratórias e de segurança de fronteira.