O plano discutido pelo G7 busca alcançar um acordo antes da próxima cúpula do grupo na Itália em junho, informou a Bloomberg, que citou a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.
As discussões sobre o assunto são complicadas e, conforme fontes citadas pela publicação, alcançar um acordo pode levar alguns meses. No entanto, a medida deve aumentar a pressão sobre a União Europeia para deixar de se opor ao uso de ativos russos atualmente congelados em bancos ocidentais, acrescentou.
As conversas sobre o assunto foram confirmadas por Yellen, que, em entrevista à Bloomberg, disse que "é algo que estamos discutindo."
"Idealmente, gostaríamos que todo o G7 participasse disso e não apenas os Estados Unidos fazendo isso sozinhos", afirmou a secretária.
Os ativos russos confiscados pelo Ocidente geraram cerca de 3,9 bilhões de euros (R$ 21,3 bilhões) em lucro líquido desde o ano passado, afirmou o relatório.
Mais cedo, o jornal Financial Times informou que representantes do G7 disseram que um confisco definitivo dos ativos russos congelados não está mais na agenda, e já são discutidas medidas alternativas para extrair fundos.
Liderado pelos Estados Unidos e União Europeia, o G7 tem discutido maneiras legais de confiscar ativos russos desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, no início de 2022. Moscou criticou os esforços para confiscar seus ativos soberanos como um ato de roubo e violação do direito internacional. Além disso, o Banco Central Europeu já advertiu que a apreensão coloca riscos para a reputação do euro a longo prazo.