Uma fonte oficial do Hamas disse à agência Xinhua neste sábado (4) que o movimento concordará com um acordo de cessar-fogo completo com Israel "em etapas".
No entanto, a fonte afirmou que deveria haver garantias internacionais claras de que Israel aderiria ao cessar-fogo e acabaria completamente com o conflito na Faixa de Gaza.
A fonte recusou-se a falar mais detalhes sobre os termos do acordo, salientando que certos pontos precisam ser claramente definidos e discutidos pela delegação do Hamas, que chegou hoje (4) ao Cairo para se encontrar com os mediadores egípcios.
Taher Al-Nono, conselheiro de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, afirmou à agência chinesa que a delegação do movimento já havia iniciado discussões na capital egípcia para finalizar o acordo, observando que o grupo palestino está lidando com as propostas de cessar-fogo "com seriedade, responsabilidade e positivamente".
"Qualquer acordo de cessar-fogo deve satisfazer as nossas exigências nacionais, que são uma cessação completa e sustentável da agressão, uma retirada abrangente e completa do Exército israelense da Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados às suas casas sem restrições, e uma verdadeira troca de prisioneiros", disse Al-Nono, citado pela mídia.
Mais tarde, em resposta aos relatos, um responsável israelense, falando anonimamente aos meios de comunicação, repetiu o que o premiê Benjamin Netanyahu já havia dito, que "Israel não concordará em circunstância alguma em acabar com a guerra como parte de um acordo para libertar os nossos raptados".
O funcionário acrescentou: "As Forças de Defesa de Israel [FDI] entrarão em Rafah e destruirão os batalhões restantes do Hamas lá – quer haja uma pausa temporária para libertar nossos cativos ou não", disse o responsável, segundo o jornal The Times of Israel.
O mesmo oficial divulgou mais tarde uma segunda declaração no mesmo sentido, dizendo que quaisquer alegações de que Israel tenha concordado em acabar com a guerra "são falsas".