Os exercícios de treinamento para unidades de mísseis do Distrito Militar do Sul da Rússia serão realizados em resposta às "ameaças provocativas das nações ocidentais contra a Rússia", sublinhou Moscou.
Os próximos exercícios envolvendo unidades de mísseis do Distrito Militar do Sul vão contar com a aviação e também com forças navais, e serão realizados sob instruções do supremo comandante-chefe Vladimir Putin, disse o Ministério da Defesa russo nesta segunda-feira (6). Os exercícios visam aumentar "a prontidão das forças nucleares não estratégicas para realizar missões de combate", afirmou o ministério em comunicado.
"O exercício visa manter a prontidão do pessoal e do equipamento das unidades para o uso de combate de armas nucleares não estratégicas para responder e garantir incondicionalmente a integridade territorial e a soberania da Rússia em resposta a declarações provocativas e ameaças de autoridades ocidentais individuais contra a Rússia", acrescentou o comunicado do ministério.
O Ocidente tem escalado o tema belicoso de uma "derrota estratégica" russa na Ucrânia, ao mesmo tempo que inventa acusações de ataques híbridos de Moscou à aliança como parte da histeria antirrussa geral.
Os exercícios Steadfast Defender 2024 em larga escala da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) são uma indicação clara de que a aliança está se preparando para um "conflito potencial" com a Rússia, disse a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, no sábado (4).
"Neste momento, a OTAN está realizando os seus maiores exercícios desde a Guerra Fria, Steadfast Defender, perto da fronteira russa. De acordo com o cenário, utilizando todas as ferramentas, incluindo armas híbridas e convencionais, estão exercendo ações de coalizão contra a Rússia. Temos de admitir que os Estados da OTAN estão se preparando seriamente para um 'conflito potencial' conosco, sobre o qual, aliás, representantes de alto escalão da OTAN estão falando abertamente", disse Zakharova em comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores russo.
Além disso, o Conselho do Atlântico Norte adotou uma declaração no dia 2 de maio acusando a Rússia de ataques híbridos contra os Estados-membros da aliança. Em resposta, Zakharova disse que o bloco e "a liderança de alguns Estados-membros individuais estão fazendo o que sabem fazer de melhor — espalhando desinformação, aumentando o grau de histeria antirrussa, a fim de justificar níveis sem precedentes de militarização na Europa".