Na segunda-feira (6), o Hamas informou aos mediadores do Catar e do Egito que concordava com os termos do acordo de cessar-fogo que haviam redigido. A proposta prevê três fases de 42 dias, durante as quais se espera a conclusão de um cessar-fogo completo na Faixa de Gaza e de uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
"Uma delegação do Hamas, liderada por Khalil al-Hayya [vice-líder do Hamas], chegou recentemente ao Cairo vinda de Doha para continuar os esforços dos mediadores no Egito e no Catar para chegar a um acordo para acabar com a agressão contra o nosso povo na Faixa de Gaza", disse o movimento no Telegram.
Também na segunda-feira, Israel iniciou uma operação militar no leste de Rafah, sul da Faixa de Gaza. O Hamas exige que os israelenses retirem totalmente suas tropas do enclave e ponham fim ao conflito.
A liderança de Israel, por sua vez, diz estar pronta para um cessar-fogo temporário em troca da libertação dos reféns, mas não desiste de alcançar todos os objetivos da guerra, incluindo a eliminação completa das capacidades militares e políticas do Hamas.
No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque em grande escala contra Israel e rompeu a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Cerca de 1,1 mil pessoas foram mortas em decorrência da ação, além de cerca de 240 sequestradas.
Em retaliação, Israel lançou ataques contra a Faixa de Gaza, ordenou um bloqueio total no enclave e iniciou uma incursão terrestre com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns.
Até o momento, mais de 34,7 mil pessoas foram mortas por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais. Acredita-se que mais de 100 reféns ainda estejam detidos pelo Hamas em Gaza.