"Os norte-americanos estão se humilhando, buscando nosso apoio por meio de intermediários. Eles buscam a todo custo que paremos de apoiar a Faixa de Gaza, mas rejeitamos suas propostas porque vão contra a nossa religião, valores e princípios", disse.
Mahdi al-Mashat afirmou que "o inimigo falhou no confronto militar e está recorrendo a outros métodos políticos". O chefe dos houthis não especificou qual proposta foi realizada pelos EUA aos iemenitas em troca de cessar as operações contra navios israelenses.
Há alguns dias, o movimento Ansar Allah anunciou a expansão das operações contra navios ligados a Israel ou destinados aos portos do país, além de iniciar a perseguição de embarcações no mar Mediterrâneo diante do início da operação militar em Rafah, onde vivem mais de um milhão de palestinos desabrigados.
O líder dos houthis, Abdul-Malik al-Houthi, anunciou na última semana que já foram realizados ataques a 107 navios desde novembro do ano passado.
A ação militar acontece em solidariedade com grupos palestinos na Faixa de Gaza e também para pressionar um cessar-fogo do conflito promovido por Israel, que já deixou mais de 34 mil pessoas mortas.
EUA e Reino Unido não foram eficazes em combater ataques
Em janeiro, os EUA e o Reino Unido iniciaram ataques intensos contra instalações do Ansar Allah em várias cidades iemenitas, após os bombardeios contra as embarcações. Após isso, os houthis incluíram navios norte-americanos e britânicos como alvos de ataque, que não cessaram diante da atuação dos dois países ocidentais.
Também nesta terça (7), a Organização de Comércio Marítimo do Reino Unido relatou que houve duas explosões bem próximas de uma embarcação mercante ao sul de Áden. Já o Exército dos EUA informou ter abatido um drone houthi na região e que o porta-aviões Dwight D. Eisenhower havia retomado suas operações na área após uma breve escala para reabastecimento.
Os novos ataques dos houthis ocorrem após uma breve pausa, depois do anúncio do grupo palestino Hamas nesta segunda-feira (6) de que aceitava um cessar-fogo com Israel.
Israel rejeitou a proposta, provocando retaliação dos houthis, além de confrontos entre Israel e Hezbollah na fronteira israelo-libanesa e um ataque de milícias iraquianas contra bases militares israelenses e a plataforma de gás Leviathan na costa mediterrânea de Israel com drones.