Panorama internacional

Mídia: houthis intensificam ataques a navios após desmantelar rede de espionagem dos EUA e de Israel

O movimento rebelde Ansar Allah, do Iêmen, também conhecido como houthis, intensificou nesta terça-feira (7) ataques contra navios comerciais no mar Vermelho e diz ter desmantelado rede de espionagem norte-americana e israelense.
Sputnik
A Organização de Comércio Marítimo do Reino Unido relatou que houve duas explosões bem próximas de uma embarcação mercante ao sul de Áden. Já o Exército dos EUA informou mais cedo ter abatido um drone houthi na região e que o porta-aviões Dwight D. Eisenhower havia retomado suas operações na área após uma breve escala para reabastecimento.
O navio de guerra americano, que está na região desde 14 de outubro de 2023 com uma esquadra de destróieres, deve permanecer por lá pelo menos até o "início do verão [do Hemisfério Norte]", de acordo com autoridades dos EUA.
Os novos ataques dos houthis ocorrem após uma breve pausa, depois do anúncio do grupo palestino Hamas nesta segunda-feira (6) de que aceitava o cessar-fogo com Israel.
Israel rejeitou a proposta, provocando a retaliação dos houthis, além de confrontos entre Israel e Hezbollah na fronteira israelo-libanesa e um ataque de milícias iraquianas contra bases militares israelenses e a plataforma de gás Leviathan na costa mediterrânea de Israel com drones.
Panorama internacional
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Na semana passada, os houthis avisaram que uma operação militar agressiva contra Rafah em Gaza por Israel resultaria em um novo ataque de mísseis e drones.
A agência de notícias Saba, do Iêmen, informou que o grupo descobriu e desmantelou uma grande rede de espionagem israelense e americana que passava informações e fazia operações de sabotagem em apoio aos dois países.

"Esses espiões foram recrutados para trabalhar na coleta de informações e no monitoramento de locais pertencentes às Forças Armadas iemenitas na costa oeste da República do Iêmen para o inimigo americano e israelense", informou a agência.

Os indivíduos detidos teriam confessado que, além de coletar informações, foram encarregados de realizar operações de sabotagem e assassinatos.

Os houthis "não pouparão esforços para cumprir sua responsabilidade de defender a frente interna e protegê-la contra tentativas de infiltração do inimigo americano e israelense", acrescentou a agência Saba.

Os ataques com mísseis e drones dos houthis e os sequestros de navios no mar Vermelho e no mar Arábico resultaram em uma queda dramática na atividade de navegação comercial, segundo a empresa de corretagem Clarksons, que estimou recentemente que o fluxo comercial que passa pelo golfo de Áden caiu 69% em abril em comparação com dezembro. Já as transações de navios de gás natural liquefeito (GNL) foram interrompidas, e as de navios de contêineres caíram 89%.
Os ataques com drones e mísseis dos houthis no mar Vermelho atingiram e danificaram quase duas dezenas de navios e afundaram um navio cargueiro de propriedade britânica até o momento, e a milícia também derrubou vários drones americanos MQ-9 Reaper.
De acordo com os houthis, os ataques dos EUA e do Reino Unido ao Iêmen, que começaram em janeiro, mataram quase 50 iemenitas. Até o momento, dois marinheiros filipinos foram mortos e outros seis marinheiros ficaram feridos nos ataques.
Desde novembro passado, o grupo iemenita tem como alvo navios comerciais e de guerra ligados a Israel, EUA e Reino Unido que operam no mar Vermelho e no mar Arábico, até que Israel interrompa sua campanha na Faixa de Gaza, onde mais de 34 mil pessoas morreram vítimas de bombardeios, fome, doenças, entre outras causas, desde a ofensiva israelense contra os ataques do Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023.
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