"As fontes renováveis geraram um recorde de 30% da eletricidade global em 2023, impulsionadas pelo crescimento da energia solar e eólica. Com a construção recorde de instalações, uma nova era de redução na geração de energia fóssil é iminente. O ano passado foi provavelmente o ponto de virada, marcando o pico de emissões no setor elétrico", disse a Ember nesta quarta-feira (8), no Relatório Anual de Eletricidade Global.
A geração de energia solar foi a líder em crescimento entre as fontes renováveis em 2023 e está "na vanguarda da revolução da energia limpa", disse o relatório, acrescentando que "as adições de capacidade solar vêm crescendo exponencialmente desde 2000" e que ela é "a fonte de geração de eletricidade que mais cresce pelo 19º ano consecutivo".
"Combinada com a energia nuclear, o mundo gerou quase 40% de sua eletricidade a partir de fontes de baixo carbono em 2023. Como resultado, a intensidade de CO2 da geração de energia global atingiu um novo recorde baixo, 12% menor do que seu pico em 2007", acrescentou a organização.
No entanto a geração de energia hidrelétrica caiu para o menor nível em cinco anos, devido a secas severas, o que foi compensado por um aumento na geração de carvão, levando a um aumento de 1% nas emissões do setor elétrico global.
Brasil tem 82% de fontes de energia renováveis
Um dos países líderes na transição energética global, o Brasil ultrapassou os 200 gigawatts (GW) na capacidade instalada de geração, em março, dos quais 82% vêm de fontes renováveis, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O número foi alcançado com o início das operações da usina solar Boa Sorte I, em Paracatu (MG).
A matriz energética brasileira conta com quatro principais fontes renováveis de geração de energia, sendo a principal a hídrica (55%), seguida da eólica (14,8%), biomassa (8,4%) e solar (6,28%).
Em nota, a Aneel destacou que a capacidade instalada no país mais do que triplicou em três décadas, quando o órgão foi criado, em 1997.