Apesar da queda no nível de água, o Guaíba está com 2 metros acima da cota de inundação (3 metros), devido aos temporais que deixaram mais de 100 mortos e 130 desaparecidos até o momento, informou a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
A área central de Porto Alegre está debaixo d'água, assim como parte do aeroporto e da rodoviária. As autoridades estimam que haja pelo menos 163 mil desabrigados e 63,7 mil desalojados, de acordo com o órgão.
O maior nível já registrado pelo Guaíba foi de 5,33 metros no domingo (5). No sábado (4), estava em 5 metros. A projeção do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) é de que as águas do Guaíba voltem ao nível abaixo dos 3 metros em pelo menos 30 dias. Na enchente história de 1941 foram 32 dias, quando o nível do lago chegou 4,76 metros.
O governo federal anunciou mais cedo que vai alocar R$ 1,7 bilhão em verbas para a construção de encostas em áreas de riscos de enchente. Os recursos foram incluídos na lista de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A doação de donativos está centralizada no site do governo Brasil Participativo. Mais de 52 mil resgates já foram realizados com o apoio das Forças Armadas, que conta com um efetivo na região de 9,1 mil integrantes do Exército, 1,3 mil da Marinha e 1,39 mil da Aeronáutica.
Um balanço da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aponta que a expectativa é de que o nível do rio Guaíba só comece a descer a partir do dia 12 de maio, mas em ritmo lento. Já municípios próximos à Lagoa dos Patos estão em alerta para alagamentos.