Um navio de guerra dos EUA atravessou na quarta-feira (8) o estreito de Taiwan, menos de duas semanas antes da posse do novo chefe da administração de Taiwan.
A 7ª Frota da Marinha dos EUA disse que o USS Halsey, um destróier de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, conduziu um "trânsito rotineiro pelo estreito de Taiwan […] através de águas onde as liberdades de navegação e sobrevoo em alto mar se aplicam de acordo com o direito internacional".
O Ministério da Defesa de Taiwan comentou que o navio dos EUA navegou para o sul através do estreito, e que as forças taiwanesas monitoraram a situação, mas não observaram nada de anormal.
Os militares da China, por sua vez, descreveram a navegação como "propaganda pública", enviando forças navais e aéreas para monitorar e alertar o navio dos EUA durante toda a viagem, e "lidar com ele de acordo com a lei e os regulamentos".
"As tropas no teatro [de operações] estão sempre em alerta máximo e defenderão resolutamente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais", disse o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) da China em um comunicado.
Os navios de guerra dos EUA e, ocasionalmente, aviões de patrulha da Marinha do país norte-americano passam pelo estreito ou o sobrevoam cerca de uma vez por mês.
O evento ocorre pouco tempo antes da posse de Lai Ching-te como líder eleito de Taiwan, em 20 de maio. Ele defende uma política independente de Pequim.
A China reivindica a soberania sobre Taiwan, que diz que acontecerá posteriormente, citando a política de Uma Só China, adotada pelos países das Nações Unidas, incluindo os EUA.