"Não é apenas um claro sinal do fracasso dessa política de agressão dos Estados Unidos e de seus aliados contra a Rússia, mas também da força como nação e uma grande potência do novo mundo", afirmou Faría, que preside a Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional da Venezuela.
Putin conquistou seu quinto mandato como líder da Rússia ao obter mais de 87% dos votos nas eleições realizadas de 15 a 17 de março passado. Segundo Faría, o resultado do pleito constituiu um "verdadeiro feito", dadas as condições de agressão às quais o país está submetido.
"A vitória de Putin é algo como um verdadeiro feito. Isso revela a enorme confiança que o povo russo tem em seu líder, o presidente Putin, e também revela a grande coesão da nação russa em torno da defesa dos interesses de sua pátria e do programa de governo e desenvolvimento estratégico que Putin concebeu e que tem implementado com grande sucesso", acrescentou.
O legislador atribuiu o apoio da população russa ao sucesso das estratégias de Putin para garantir a independência e o crescimento econômico do país, que mesmo com as diversas sanções ocidentais e até o congelamento de ativos no Ocidente, vê a economia crescer.
"A reeleição de Putin se deve à defesa bem-sucedida da independência e dos interesses do povo russo, mas também à força da economia e ao notável progresso social registrado nos últimos anos, onde os indicadores sociais e econômicos têm se consolidado, apesar de mais de 15 mil sanções", disse.
Durante a cerimônia de posse, Putin prometeu que a prioridade durante seu quinto mandato no Kremlin continuará a ser salvaguardar os interesses nacionais e a segurança dos cidadãos.
'Dissuasão contra o medo vermelho' promovido pelo Ocidente
Nesta quinta-feira (9), a Rússia comemorou uma das datas mais importantes da história, com a realização de desfiles militares em várias partes do país e um discurso de Putin na Parada da Vitória na Praça Vermelha, em Moscou. A ocasião celebra o 79º aniversário da vitória na Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945 e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados).
Para o pesquisador da Universidade Cà Foscari de Veneza, Itália, e da Universidade Católica de Portugal, Marco Marsili, o presidente deu uma mensagem importante para as elites ocidentais, que vêm fomentando ideias revanchistas e justificando o nazismo. Segundo o especialista, os governos ocidentais "irresponsáveis" estão alimentando um novo "medo vermelho" do século XXI contra a Rússia, acompanhado por "uma perigosa corrida armamentista apoiada pela propaganda dominante".
"Enquanto a propaganda ocidental apoia o rearmamento por medo de que a Rússia possa desencadear um conflito, até mesmo nuclear, o presidente Putin sublinhou o poder militar russo como 'dissuasão' contra tais alegações", defendeu.