O presidente chinês afirmou que os dois países devem continuar a se tratar como iguais, seguir um caminho de desenvolvimento que se adapte às condições nacionais de cada país e tomar o futuro nas próprias mãos.
"A amizade China-Hungria através das gerações não visa terceiros, nem deve ser ditada por terceiros. Portanto os dois países devem se apoiar firmemente um no outro na garantia da sua soberania, da sua segurança e dos seus interesses de desenvolvimento", afirmou Xi ao encontrar com o presidente húngaro, Tamas Sulyok, segundo a CGTN.
O líder chinês acrescentou que Pequim tem disposição em trabalhar com Budapeste para tocar na direção certa a Iniciativa Cinturão e Rota, bem como em desenvolver a cooperação entre a China e os países da Europa Central e do Leste Europeu, a fim de aprofundar e fundamentar a parceria bilateral.
"Espera-se que a Hungria aproveite a oportunidade ao assumir a presidência rotativa da União Europeia, no segundo semestre deste ano, para promover o desenvolvimento estável e sólido das relações China-UE", acrescentou Xi.
A China e a Hungria também decidiram elevar as relações bilaterais a uma parceria estratégica abrangente para "todas as condições na nova era". A decisão foi anunciada durante uma reunião entre Xi e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Reunião das delegações da China (à esquerda), capitaneada pelo presidente Xi Jinping, e da Hungria, do primeiro-ministro Viktor Orbán, durante visita chinesa ao país europeu. Budapeste, Hungria, 9 de maio de 2024
© AFP 2023 / Vivien Cher
Em conferência de imprensa após a reunião, Orbán elogiou a "amizade contínua e ininterrupta" entre os dois países e prometeu que a Hungria continuaria a acolher mais investimentos chineses.
"Gostaria de assegurar ao presidente que a Hungria continuará a proporcionar condições justas às empresas chinesas que investem no nosso país e que criaremos a oportunidade para que as mais modernas tecnologias ocidentais e as mais modernas tecnologias orientais se encontrem e construam cooperação na Hungria", disse Orbán.
As autoridades húngaras e chinesas concluíram um acordo de parceria estratégica e assinaram outros 18 acordos e memorandos de entendimento, mas nenhum investimento importante foi anunciado na coletiva de imprensa.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, disse mais tarde que as duas nações tinham iniciado discussões sobre o desenvolvimento, pela China, de um desvio ferroviário de carga em Budapeste e de uma ligação ferroviária entre a capital e o aeroporto húngaro Ferihegy.
Após cinco anos sem pisar no continente europeu, Xi Jinping fez um breve tour pela Europa, ao visitar França, Sérvia e, por último, Hungria.