A queda nos preços do petróleo e o declínio da produção dos campos venezuelanos levaram o governo Maduro a negociar períodos de carência para empréstimos na China no valor de US$ 19 bilhões (R$ 97,5 bilhões) em 2020.
De acordo com dados independentes citados pela mídia, a dívida venezuelana com os chineses está perto dos US$ 10 bilhões (R$ 51,3 bilhões).
Maduro Guerra disse que a Venezuela sempre esteve aberta a pagar a sua dívida ao governo de Pequim e que "os ministros da Economia terão que se reunir em algum momento", afirmou o legislador sem citar o valor da atual dívida.
Ainda segundo Maduro Guerra, a relação entre Caracas e Pequim é "infalível e à prova de intempéries", acrescentando que as empresas chinesas estão interessadas em investir no país sul-americano.
As eleições na Venezuela acontecerão em julho e deverão realizar-se apesar das queixas dos políticos da oposição de que foram supostamente tratados injustamente, acusações que levaram os Estados Unidos a imporem novamente sanções ao petróleo venezuelano.
Ao publicar a sua decisão no mês passado, Washington deu às empresas 45 dias para "encerrarem" os seus negócios e transações com a indústria de petróleo e gás do país.
Em resposta, a indústria petrolífera da Venezuela "deve se expandir e estamos nesse movimento para novos mercados", disse Maduro Guerra.
"Dependíamos da venda de petróleo aos Estados Unidos. [...] Se não quiserem comprar, venderemos em outro lugar", disse ele, sem dar mais detalhes.
No final de abril, Maduro Guerra esteve na China e disse em entrevista que a ferrovia de alta velocidade chinesa "faz parte do que queremos tirar [como exemplo] da China".
Ele observou que a Venezuela pretende aprender com o modelo de desenvolvimento chinês e construir o "sonho venezuelano" como os chineses têm feito com o "sonho chinês", afirmou o legislador citado pela CGTV.