Na quarta-feira (8), Biden reconheceu que bombas norte-americanas foram usadas para matar civis palestinos. Em declarações à CNN, o presidente disse que os EUA ainda garantiriam a segurança de Israel, mas que reteriam mais armas, como projéteis de artilharia, se for levada adiante a operação terrestre planejada em Rafah, cidade palestina onde se concentra a maioria dos deslocados pela guerra na Faixa de Gaza.
O secretário de Estado dos EUA, Lloyd Austin, também havia confirmado que os Estados Unidos interromperam o envio de "munições de alta carga útil" a Israel e estavam "revisando envios de curto prazo", em meio à ofensiva intensificada de Tel Aviv em Rafah.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, avalia a iniciativa, que, segundo Mills, tem o apoio de alguns colegas republicanos.
Bilhões de dólares em armas dos EUA continuam a caminho de Israel, apesar do adiamento de um carregamento de bombas e da revisão de outros itens pela administração de Joe Biden, escreveu na quinta-feira (9) a agência britânica Reuters.
Washington tem pedido ao governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que não invada Rafah, após sete meses de uma guerra que devastou a região e matou dezenas de milhares de pessoas.
Uma grande variedade de outros equipamentos militares deve ser enviada a Israel, incluindo bombas guiadas JDAMS, projéteis para tanques, morteiros e veículos táticos blindados, disse a repórteres o republicano Jim Risch, do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA.
Assessores do Congresso estimaram o valor da remessa de bombas adiada em "dezenas de milhões" de dólares.
Risch disse que essas armas não estavam passando pelo processo de aprovação tão rapidamente quanto deveriam, notando que algumas estavam em andamento desde dezembro, enquanto a assistência a Israel normalmente passa pelo processo de análise em poucas semanas.