O Reino Unido não seguirá o exemplo dos Estados Unidos, que decidiu interromper certos tipos de suprimentos militares a Israel se ele lançar uma grande operação terrestre contra Rafah, disse na quinta-feira (9) o ministro das Relações Exteriores britânico, citado pelo jornal norte-americano Politico.
Assim, disse David Cameron, Londres "não apoiaria nenhuma operação importante em Rafah, a menos que houvesse um plano muito claro de como proteger as pessoas e salvar vidas" nas áreas densamente povoadas da cidade no sul da Faixa de Gaza.
Ao mesmo tempo, o também ex-premiê do Reino Unido (2010-2016) apontou para uma "diferença muito fundamental" entre o fornecimento de armas dos EUA, que é "um grande fornecedor estatal de armas", e seu país, onde o governo emite licenças individuais para empresas de exportação.
"Não temos um fornecimento de armas do governo do Reino Unido para Israel. Temos uma série de licenças, e acho que nossas exportações de defesa para Israel são responsáveis por muito menos de um por cento do total", disse Cameron ao Politico, acrescentando que Londres se manteria "muito próximo" do procedimento "rigoroso" de exportação de armas do Reino Unido.
David Cameron também foi questionado se Biden estava errado em estabelecer condições.
"Eles estão profundamente envolvidos em conversas estratégicas e táticas que os israelenses estão tendo sobre como conduzir esse conflito. Temos influência, temos agência, temos conversas muito francas com os israelenses, mas não estamos na mesma posição", explicou.