"O Egito recusou coordenar com Israel a entrega de ajuda através do posto de controle de Rafah devido à escalada israelense inaceitável e responsabilizou Israel pelo agravamento da situação na Faixa de Gaza perante todas as partes", declarou a fonte ao canal de televisão.
Na última terça-feira (7), os militares das Forças de Defesa de Israel (IDF) entraram em Rafah por via terrestre e os tanques israelenses assumiram o controle operacional do posto de controle de Rafah na Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. Anteriormente, o porta-voz do Exército disse que foram distribuídos panfletos que alertavam os moradores da parte leste de Rafah para evacuarem a região antes da operação planejada.
Mais de 34 mil palestinos já foram mortos desde o início do conflito, em outubro do ano passado, que estava concentrado na região norte do enclave — por conta disso, cerca de 1,4 milhão de pessoas foram forçadas a se deslocaram para Rafah, que agora passou a ser bombardeada.
Na sexta (10), uma emissora local informou que o gabinete de segurança de Israel aprovou a expansão da operação terrestre em Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, mesmo com a pressão internacional contrária à medida. A data também marcou a aprovação pela Assembleia Geral das Nações Unidas de uma resolução que abre caminho para o reconhecimento da Palestina como Estado-membro.
Pedido de prisão de Netanyahu
Por conta da escalada do conflito, o presidente colombiano, Gustavo Petro, instou em um post na rede social X que o Tribunal Penal Internacional e o Conselho de Segurança da ONU tomem medidas para evitar um "genocídio" do povo palestino em Rafah.
"Netanyahu não vai parar o genocídio. O que implica um mandado de detenção internacional do Tribunal Penal Internacional. O Conselho de Segurança deve considerar a criação de uma força de manutenção da paz no território de Gaza", escreveu o líder colombiano.