Ex-oficial do Exército dos EUA prevê sucesso limitado do ambicioso projeto de novo tanque da OTAN

É altamente improvável que um tanque germano-francês do futuro seja concorrencial no mercado internacional, disse Earl Rasmussen, tenente-coronel reformado do Exército dos EUA, à Sputnik.
Sputnik
O projeto planejado para desenvolver um tanque de guerra para a Alemanha e a França vai permanecer fechado a outros acionistas por enquanto, anunciou a filial francesa do consórcio de armas KNDS.
As divisões francesa e alemã do KNDS, bem como a Rheinmetall e a Thales, revelaram anteriormente seus planos de criar uma empresa de projeto para trabalhar no tanque do futuro, conhecido como principal sistema de combate terrestre.
Isto foi precedido pelo acordo de Berlim e Paris para desenvolver em conjunto um sucessor sofisticado dos tanques francês Leclerc e alemão Leopard.
"Acho que é um programa de risco muito alto", disse Earl Rasmussen, consultor internacional e tenente-coronel reformado com mais de 20 anos no Exército dos EUA, em entrevista à Sputnik.
"Primeiro, temos que coordenar os requisitos de ambos — os franceses e os alemães, e também da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] em geral. Estamos pensando em incorporar novas tecnologias, provavelmente estamos falando de um tempo de desenvolvimento de sete a dez anos, potencialmente. Então este é um projeto de alto risco e não tenho certeza se haverá muito sucesso nisso", destacou Rasmussen.
Problemas entre França e Alemanha vão permitir que seu projeto do 'tanque do futuro' se concretize?
Questionado sobre se o projeto terá condições de competir no mercado internacional, o analista levanta dúvidas.
"Terá que ser adaptado especificamente, bastante, se for muito inovador e o desempenho for bom, e dependendo de qual for o custo, se eles puderem limitar o custo, talvez possa ter alguma competitividade potencial no mercado internacional. Não tenho grandes expectativas", observou Rasmussen.
O analista deixou claro que a criação de um novo tanque franco-alemão "não vai acontecer da noite para o dia", ou seja, "vai acontecer durante um longo período de tempo".
Segundo Rasmussen, ambos os lados — assim como a União Europeia (UE) e a OTAN — ainda não resolveram "questões políticas entre os países" relacionadas à implementação do projeto.
"Há muitas questões e desafios", incluindo aqueles relativos às "discussões sobre a instalação de uma unidade de produção conjunta franco-alemã em território ucraniano — não é uma ideia muito boa", concluiu o analista, se referindo ao conflito em curso na Ucrânia.
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