"Consideramos que a lei que proíbe a importação de urânio enriquecido russo, aprovada pelos Estados Unidos, é discriminatória e não comercial. É evidente que tais decisões, com conotações políticas, têm um caráter destrutivo para o funcionamento estável do mercado mundial de bens e serviços do ciclo do combustível nuclear", destacou a corporação.
Além disso, a gigante do setor enfatizou que as empresas russas de energia nuclear possuem a mais moderna base tecnológica e produtiva.
A empresa russa também mencionou que uma das suas prioridades é "atender à crescente demanda por produtos de urânio da indústria nuclear russa". A participação da geração nuclear no balanço energético do país deverá crescer de 20% para 25% até 2045.
"Assim, a Rosatom mantém hoje uma posição firme como líder global em tecnologias nucleares e continuará a desenvolver relações com parceiros estrangeiros que estão interessados em uma colaboração a longo prazo", concluiu a corporação.
Em 30 de abril, o Congresso dos EUA aprovou o projeto de lei que proíbe as importações norte-americanas de urânio russo até 2040 e, nesta segunda-feira (13), o presidente Joe Biden a sancionou.
A legislação proíbe as importações dos EUA de urânio pouco enriquecido, não irradiado, produzido na Rússia ou por uma entidade russa, e inclui medidas para evitar lacunas.
Contudo, a legislação permite isenções se os Estados Unidos determinarem que não existe nenhuma fonte alternativa viável de urânio pouco enriquecido disponível para sustentar a operação contínua de um reator nuclear ou de uma empresa de energia nuclear dos EUA, ou se determinarem que a importação de urânio é de interesse nacional.
Qualquer isenção emitida pelo Departamento de Energia dos EUA deve terminar em 1º de janeiro de 2028, enquanto a proibição expira em 31 de dezembro de 2040.