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Especialista: Reino Unido não deve conseguir afastar a Rússia do mercado de combustível nuclear

© AP Photo / Kin CheungFuncionário trabalha dentro de reator nuclear na usina nuclear de Hinkley Point C em Somerset, Inglaterra, Reino Unido, 11 de outubro de 2022
Funcionário trabalha dentro de reator nuclear na usina nuclear de Hinkley Point C em Somerset, Inglaterra, Reino Unido, 11 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 12.05.2024
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O Reino Unido só deve começar a produzir urânio de baixo enriquecimento perto de 2031 e, até lá, a Rússia melhorará a sua tecnologia, prevê um cientista político.
O Reino Unido concedeu cerca de £ 196 milhões (R$ 1,27 bilhão) ao consórcio britânico-holandês-alemão de combustível nuclear Urenco para construir uma instalação de combustível nuclear em Cheshire, Inglaterra.
De acordo com Londres, a medida foi tomada para "criar uma cadeia de suprimento global de urânio segura e livre da influência russa".
No entanto, argumenta Aleksei Anpilogov, cientista político e especialista na área de energia nuclear, levará algum tempo até que o Reino Unido alcance os resultados desejados, pois os Estados Unidos levaram cerca de quatro anos para produzir os primeiros 20 kg de urânio de baixo enriquecimento após o lançamento de uma iniciativa semelhante em 2019.
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Anpilogov aponta que a usina de Cheshire deve produzir seu primeiro lote de urânio enriquecido somente em 2031 e, até lá, "muita coisa vai mudar no mercado".
"Não creio que a Rússia vá ficar parada", disse ele, acrescentando que as usinas pertencentes à corporação nuclear russa Rosatom deverão continuar melhorando ainda mais sua tecnologia de produção de urânio enriquecido, garantindo alta qualidade e baixo custo de seu produto.
Além disso, Anpilogov apontou que os EUA e o Reino Unido provavelmente vão se concentrar em seus respectivos mercados de urânio enriquecido, que não são particularmente grandes, já que ambos os países estão "enfrentando dificuldades" com o desenvolvimento de reatores que usam urânio de baixo enriquecimento de alta resistência.
"Enquanto isso, a Rússia terá alguns contratos importantes em todo o mundo, onde a Rosatom está realizando ativamente uma expansão na esfera nuclear", notou ele, destacando "os países do Sul Global: a China e a Índia, outros países que agora estão considerando a energia nuclear. Não acho que os EUA e o Reino Unido tenham facilidade em termos de custos de fabricação e em termos de fazer conexões em áreas onde a Rosatom já tem contatos muito sérios."
Além disso, o Reino Unido tem seu trabalho dificultado devido a não ter uma fonte doméstica suficiente de urânio, e devido à ausência de experiência anterior na produção de urânio enriquecido.
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