O Reino Unido deixou a agência atômica da UE quando saiu do bloco, por isso Londres se candidatou para regressar à maior experiência de fusão nuclear do mundo como qualquer outro candidato não membro, informou a mídia.
"O Reino Unido participou no ITER como parte da Euratom e deveria fazê-lo nessa base se quiser continuar envolvido", disse um funcionário da UE, citado pelo FT.
Todos os membros da UE têm de fazer parte dos programas de pesquisa e formação da Euratom para participarem do programa de contribuição conjunta Fusão para Energia da UE para o ITER, informou a apuração do FT. A Austrália, como Estado não membro, recebeu permissão de cooperação porque tem um acordo com a Euratom.
"A colaboração internacional continua a ser um pilar fundamental da nossa estratégia e esperamos que a colaboração contínua da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido [UKAEA, na sigla em inglês] com os parceiros do ITER possa ser acordada", disse o Departamento de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, citado pelo jornal.
O ITER está atualmente sendo construído no sul de França, perto do centro de pesquisa tecnológica de Cadarache, através dos esforços conjuntos de UE, Rússia, China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.
Esta será a primeira tentativa em grande escala de demonstrar a viabilidade do uso da fusão para produzir energia em escala industrial. O ITER se baseia na utilização de um tokamak, um dispositivo que utiliza um forte campo magnético para confinar o plasma na forma de um toro, um círculo tridimensional semelhante a uma rosquinha. Se o projeto ITER for bem-sucedido, a humanidade terá uma fonte de energia praticamente inesgotável. Espera-se que o reator comece a produzir seu primeiro plasma em 2025.