Panorama internacional

Ministro da Defesa de Israel diz que manter controle sobre Gaza não é do interesse de Tel Aviv

Segundo Yoav Gallant, não é possível para Israel estabelecer um governo civil ou militar no enclave por não ser viável econômica e militarmente.
Sputnik
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, pediu nesta quarta-feira (15) ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que tome uma decisão e anuncie que não haverá controle militar ou civil israelense na Faixa de Gaza, uma vez que a medida, em sua opinião, não é do interesse de Israel.
Segundo Gallant, existe uma "tendência perigosa" para estabelecer o controle militar e civil israelense na Faixa de Gaza, o que não é nem econômica nem militarmente viável para Tel Aviv. O ministro observou que o controle israelense da Faixa de Gaza exigiria recursos econômicos e militares significativos, que teriam de ser obtidos minando a segurança "em outras áreas".

"Não concordarei com o estabelecimento de um governo militar israelense em Gaza. Nem é possível para Israel estabelecer um governo civil em Gaza. Apelo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que tome uma decisão e declare que Israel não estabelecerá um governo civil na Faixa de Gaza e não criará um governo militar na Faixa de Gaza", disse o ministro da Defesa em coletiva.

Panorama internacional
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Gallant apelou ao governo israelense para decidir "imediatamente" sobre uma alternativa para o movimento palestino Hamas na questão da gestão de Gaza no pós-guerra, uma vez que atrasar tal decisão mina as conquistas militares de Israel.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, reagiu às palavras de Gallant pedindo a demissão do ministro da Defesa e culpando-o pelo fracasso em prever o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
Netanyahu já afirmou repetidamente que após o fim das hostilidades, a Faixa de Gaza permanecerá sob controle militar israelense indefinidamente, pois, segundo ele, essa é a única forma de garantir a sua desmilitarização.
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes vindo da Faixa de Gaza, acompanhado de uma infiltração terrestre de integrantes do Hamas. Segundo as autoridades israelenses, cerca de 1,2 mil pessoas morreram e pelo menos 200 foram levadas como reféns para a Faixa de Gaza, das quais cerca de 100 permanecem no enclave.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, acompanhada do bloqueio total do enclave — o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos foi interrompido. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 35 mil pessoas morreram e mais de 78 mil ficaram feridas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou às partes pelo fim das hostilidades. Para Moscou, um acordo só é possível com base em uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU que versa sobre a criação de um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967, com a sua capital em Jerusalém Oriental.
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